quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Aprendizado para a vida

Nada voltará a ser como era antes, nada será como se espera.

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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O dia em que nos deparamos com nossas possibilidades

 
 Um programa francês de televisão recebe o entrevistado. Uma das perguntas é: "Quais línguas você pratica?" Ele responde alguma coisa sobre suas preferências e a entrevista segue. 

A pergunta é surpreendente. O entrevistador não perguntou "Quantas línguas você sabe?" - questão bastante comum em terras brasileiras -, mas quantas "pratica".

Não é preciso dizer que, entre saber e praticar, a distância é grande. Muitos brasileiros aprendem, desde pequenos, uma injunção: precisam aprender inglês "para entrar no mercado de trabalho". No caso do entrevistado, ele não aprendeu inglês. Dentre outras línguas, a inglesa ele usa.

Durante os últimos meses - enfim, isso pode ter sido escrito em qualquer dia -, o governo brasileiro fez propaganda sobre um programa de envio de estudantes ao exterior. O tom da propaganda é bastante curioso: a grande ênfase não está nos aprendizados prováveis, mas sim no próprio fato de se ter conhecido outro país. E o mesmo programa tem outro dado curioso: a maior parte dos estudantes prefere Portugal.

De algum modo somos limitados, não porque fizemos tais escolhas. Basta para isso ver como anda o ensino de inglês no Brasil. Isso, quando existe. E não se trata de aprender inglês, mas de algo mais: o brasileiro é totalmente destituído da possibilidade de acessar os bens maiores da cultura, a começar pelos bens de sua própria cultura (tempos atrás encontraram verdadeiros mananciais arqueológicos em pleno Rio de Janeiro - pesquisas, escavações? Não, apenas achados acidentais de alguma empreiteira). 

Mas isso, enfim, gera diversos assuntos. Por agora, há algo que pode ser entrevisto nisso tudo. Refiro-me àqueles momentos da vida em que conseguimos efetivamente exercer nossas capacidades, espécies de momentos de "realização" (para empregar o palavreado de algus psicólogos existenciais) nos quais se atualizam alguns daqueles "ideais" do que gostaríamos de empreender. Conhecer tais lugares, fazer tais coisas, quem nunca tem pequenos ideais, e nem tão distantes (falo do homem de bom senso e boa fé), guardados na manga? 

Nesses momentos, tudo opera como se colocássemos diante de nós mesmos um espelho. Vemos ali aquelas realizações se fazendo. Então voltamos o olhar para nós mesmos, nossas mãos e corpos, e percebemos que não há espelho, estamos realmente ali. Somos nós que agimos. Não mais reagimos apenas, como pensávamos outrora. 

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